25 de fevereiro, de 2020 | 14:54
Ex-presidente egípcio Hosni Mubarak morre aos 91 anos
Hosni Mubarak deixou o governo em 2011, após 30 anos no poder
O ex-presidente egípcio Muhammad Hosni Mubarak, obrigado a renunciar após uma revolta popular em 2011, faleceu nesta terça-feira (25), aos 91 anos no hospital militar Galaa do Cairo, informou à AFP seu cunhado, o general Munir Thabet.
A família estava no hospital e explicou que a presidência egípcia será a responsável por organizar o funeral de Mubarak, que governou o Egito durante três décadas.
Hosni Mubarak esteve no poder até a revolta popular de 2011, quando foi forçado a demitir-se ao fim de 18 dias de protestos em massa nas ruas de várias cidades do Egito.
O ex-presidente foi "derrubado" pelos militares durante a Primavera Árabe de 2011. Na época, Mubarak foi considerado culpado de cumplicidade no assassinato de manifestantes durante a revolução volátil. Essa condenação foi anulada e ele foi libertado em março de 2017.
saúde de Mubarak piorou desde que ele foi submetido a uma cirurgia no final de janeiro. No sábado, seu filho Alaa, revelou que o ex-presidente estava em terapia intensiva.
Passado de glória
Muhammad Hosni Said Mubarak nasceu em 4 de maio de 1928 em Kafr-El Meselha, no norte do Egito. Mubarak supostamente veio de um passado pobre. Ele se formou na Academia Militar do Egito em 1949 e depois foi transferido para a força aérea, onde foi comissionado em 1950.
Mubarak tornou-se proeminente como comandante da Força Aérea Egípcia e vice-ministro da Defesa. Ele liderou a emboscada das forças israelenses no início da guerra árabe-israelense de 1973.
Mubarak instantaneamente se tornou um herói nacional pelo papel que a força aérea desempenhou na ofensiva militar no Canal de Suez. Israel resistiu, mas acabou cedendo o Sinai de volta ao Egito. Dois anos depois, Mubarak foi nomeado vice-presidente pelo então presidente egípcio Anwar Sadat.
Sadat foi assassinado dois anos depois, durante um desfile comemorativo de sua vitória no conflito árabe-israelense de 1973. Mubarak escapou da morte por pouco, mas sofreu ferimentos no ataque. Mubarak sucedeu à presidência com 98% dos votos em um referendo nacional, no qual ele era o único candidato. O passado glorioso, entretanto, foi substituído por um futuro permeado por acusações, a exemplo do que ocorreu com outros líderes com proeminência mundial.
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