08 de abril, de 2022 | 08:30
Jair Renan depõe na Polícia Federal sobre tráfico de influência
Reprodução Instagram
Filho do presidente é investigado por tráfico de influência e lavagem de dinheiro. O advogado Frederick Wassef afirmou que Jair Renan é vítima de fake news
Filho do presidente é investigado por tráfico de influência e lavagem de dinheiro. O advogado Frederick Wassef afirmou que Jair Renan é vítima de fake newsDurou cinco horas e meia o depoimento, Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. O filho 04” do presidente foi ouvido no inquérito que apura a possível prática dos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Renan chegou a pé no local da oitiva, por volta das 16h, com quase duas horas de atraso, acompanhado do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. E deixou a sede da PF já no começo da noite.
O defensor afirmou que o filho do presidente é vítima de fake news. "Renan Bolsonaro nunca ganhou nenhum carro, não ganhou nada de ninguém. Até a presente data ele não tem qualquer carro. Renan Bolsonaro nunca organizou reunião em nenhum ministério", disse Wassef.
Segundo o advogado, Jair Renan não irá se manifestar por orientação jurídica. Ele ainda atribuiu a investigação a um plano da oposição para atingir o governo.
Wassef ainda garantiu que o filho do presidente autorizou a quebra do sigilo bancário. "Não há nem o que se falar de lavagem de dinheiro. Isso beira uma piada. Na verdade, essa investigação nasce por requerimento de parlamentares comunistas da esquerda que não param de atacar o presidente Jair Bolsonaro", disse à imprensa ao fim do depoimento.
Wassef é o advogado que também atuou no caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor dos Bolsonaro, acusado de ser o "gestor" das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro. Queiroz estava escondido em uma residência de Wassef, no interior de São Paulo, quando foi preso.
O que diz a investigação da PF
A investigação da PF aponta que Jair Renan teria atuado junto ao governo em benefício da própria empresa. O inquérito foi aberto em março de 2021, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em denúncia apresentada por parlamentares de oposição a Bolsonaro.
A PF tentava ouvir Jair Renan há quatro meses. Ele já havia sido intimado em dezembro, por meio da sua defesa, mas não compareceu ao depoimento. O documento do inquérito indica que houve associação do filho do presidente com outras pessoas "no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários".
A empresa de Renan, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, foi criada no fim do ano passado. A produtora que prestava serviços para o governo federal, bancou a cobertura de fotos e vídeos na festa de inauguração do empreendimento.
A PF investiga se a empresa foi criada para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção no estado do Espírito Santo, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Outro ponto que chamou atenção dos investigadores foi que o grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção e tem interesses junto ao governo federal presenteou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Com informações de agências
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