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27 de janeiro, de 2023 | 09:20

Polícia Federal deflagra operação contra participantes e financiadores de ataques em Brasília

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Atos foram praticados no dia 8 de janeiro, quando a sede dos três poderes da República foram invadidos por militantes políticos e bens públicos foram destruídos e outros, roubadosAtos foram praticados no dia 8 de janeiro, quando a sede dos três poderes da República foram invadidos por militantes políticos e bens públicos foram destruídos e outros, roubados

A terceira fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (27), com o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram, por meio das mídias sociais, os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.

Os agentes estão nas ruas com 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal. A reportagem do Diário do Aço apurou junto a fontes que pessoas do Vale do Aço também estão na mira das investigações. Os nomes, entretanto, não foram revelados.

As pessoas investigadas são acusadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Por meio de nota divulgada hoje, a PF informou que as investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

De um total de 2.090 pessoas presas em flagrante por causa dos atos extremistas em Brasília; 1.148 já estão soltas e respondem em liberdade. Entretanto, há outros pedidos de prisão expedidos. A Procuradoria Geral da República tem denunciado, por grupos, os envolvidos nos atos.

Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro permanece hospedado na casa de um amigo, o ex-lutador brasileiro de MMA, José Aldo, em Orlando, na Flórida. Bolsonaro deixou o Brasil faltando dois dias para concluir o seu mandato, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

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Relatório dos ataques em Brasília

Para esta sexta-feira (27) era aguardada a entrega de um relatório sobre os atos em Brasília, ocorridos dia 8 de janeiro. Entretanto, o interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli, anunciou quinta-feira (26) que decidiu adiar a entrega do documento.

Isso porque surgiram esta semana novas imagens de vândalos e golpistas destruindo o patrimônio público na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e depredando o interior da sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cappelli entregaria o documento ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, mas decidiu adiar a entrega até que tenha uma análise técnica das cenas registradas pelas câmeras do circuito interno de segurança do STF e por drones.

Nas imagens divulgadas dia 25/1, é possível ver os policiais militares recuando ao serem atacados por extremistas que lançavam pedras, paus e outros objetos contra os agentes. Com o recuo dos policiais mobilizados, a multidão avançou em direção ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao prédio do STF, onde destruiu parte das instalações, documentos e peças de valor histórico e artístico.

Ao explicar a jornalistas o adiamento da entrega do relatório, Cappeli disse que o procedimento das formas policiais foi atípico. Afirmou que “faltou comando” aos policiais militares que estavam de serviço no dia 8, o que os impediu de conter as ações de vandalismo e as “posturas terroristas”.

“As imagens das câmeras do STF divulgadas pelo Jornal Nacional são graves. Confirmam a ausência de planejamento e uma execução, no mínimo, absolutamente fora dos padrões. Tudo será apurado. A lei será cumprida”, resumiu.

Secretário permanece preso

Delegado federal de carreira e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Anderson Torres está preso desde o dia 14/1, quando retornou de uma viagem aos Estados Unidos. Com o fim do governo Bolsonaro, ele assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2. O governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB), já afirmou que Torres desmontou toda a equipe que monitorava os protestos em Brasília desde a divulgação do resultado do segundo turno da eleição presidencial.

Por ordem de Torres, foram substituídos ocupantes de cargos chaves na segurança. Em seguida, ele viajou de férias para os Estados Unidos. Um dia depois de viajar para o exterior, estourou a ação com a invasão da sede dos poderes. Milhares de pessoas que estavam campadas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, e, escoltadas por viaturas policiais, chegaram sem qualquer objeção à Esplanada dos Ministérios, onde logo começou o tumulto que resultou no ataque aos Três Poderes.
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Comentários

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Patriota

27 de janeiro, 2023 | 14:48

“A "patriotária", Dona Fátima de Tubarão-SC, com uma extensa ficha policial, que defecou no STF e ameaçou pegar o Xandão, foi pega pela PF a mando dele.”

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