DIÁRIO DO AÇO SERVIÇOS 728X90

23 de janeiro, de 2024 | 23:00

Polícia Federal nega acordo para nova delação no caso Marielle

Investigações estão sob sigilo, sem data prevista para encerramento

Por Agência Brasil
Câmara dos Deputados realiza sessão solene para celebrar Dia Internacional do Direito à Verdade e prestar homenagem a vereadora Marielle Franco e ao motorista Anderson Gomes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)Câmara dos Deputados realiza sessão solene para celebrar Dia Internacional do Direito à Verdade e prestar homenagem a vereadora Marielle Franco e ao motorista Anderson Gomes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) informou, em nota divulgada na noite desta terça-feira (23), que, até o momento, ocorreu apenas uma delação premiada nas investigações do caso envolvendo o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

“A Polícia Federal informa que está conduzindo há cerca de onze meses as investigações referentes aos homicídios da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. Ao longo desse período, a Polícia Federal trabalhou em parceria com outros órgãos, notadamente o Ministério Público, com critérios técnicos e o necessário sigilo das diligências realizadas. Até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário”

A delação citada na nota é a do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que dirigia o carro usado no crime. Os detalhes dessa delação foram a público em julho do ano passado e é a única confirmada pela PF até o momento.

A manifestação da PF ocorre após publicações, por veículos da imprensa, que afirmam que o ex-policial militar Ronnie Lessa teria aceito acordo de delação premiada com a Polícia Federal e fornecido informações que apontam o mandante do crime.

O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de executar Marielle Franco e Anderson Gomes, delatou Domingos Brazão como um dos mandantes do crime. A informação é do site de notícias The Intercept Brasil, veiculada nesta terça-feira (23/1). De acordo com Lessa, o crime foi encomendado em março de 2018, mesmo mês da morte da vereadora e do motorista. O ex-PM, acusado de executar os dois, está preso desde março de 2019.

A suposta novidade no caso provocou manifestações da irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco. “Recebi as últimas notícias relacionadas ao caso Marielle e Anderson e reafirmo o que dizemos desde que a tiraram de nós: não descansaremos enquanto não houver justiça”.

A PF, no entanto, não confirma as informações envolvendo Lessa e acrescentou que elas podem comprometer as investigações.

“As investigações seguem em sigilo, sem data prevista para seu encerramento. A divulgação e repercussão de informações que não condizem com a realidade comprometem o trabalho investigativo e expõem cidadãos”.

Papel da imprensa

A viúva de Marielle, a vereadora Mônica Benício, também se manifestou sobre os recentes capítulos envolvendo o crime. Ela criticou a atuação de alguns veículos de imprensa e jornalistas, que disse estarem mais preocupados com likes [curtidas]. “Matérias clickbait [caça-cliques] começam a surgir de forma irresponsável, com os familiares, com as investigações e a elucidação do caso e com o papel democrático que a imprensa deve ter”.

Mesmo assim, ela exalta que a “imprensa teve e terá um papel de suma importância no andamento das investigações, na elucidação e na penalização dos envolvidos, executores e mandantes.”
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Javé do Outro Lado do Mundo

30 de janeiro, 2024 | 12:35

“O problema é a falta de provas cabais, pois quando chega nessa fase o processo para. Pois sem provas nenhum juiz consegue condenar. Rs.”

Toninho do Pt

24 de janeiro, 2024 | 21:54

“A morte de Celso Daniel, prefeito de Santo André, em 2002, não foi obra do acaso. O assassinato do petista em 2002 foi planejado.”

Rj

24 de janeiro, 2024 | 14:49

“Ô Jr, para de acreditar nas idiotices da Nikole Ferreira.”

Jr

24 de janeiro, 2024 | 11:42

“Uai ,agora a PF "nega" o acordo,?
Será porquê não foi o Bozo quem "mandou,"e o cara delatou um amigo dos Petistas e agora tão com medo?kkkkk”

Daniel Florentino de Souza

24 de janeiro, 2024 | 09:16

“Impressionante o quanto este caso é recorrente.cortina de fumaça?talvez.mas aguem deve está aprendendo que não está sendo uma boa jogada política insistir neste assunto.ja que o culpado destes homicídios sabem quem sao desde sempre.”

Envie seu Comentário