16 de março, de 2024 | 21:00

Dólar sobe para R$ 5,27 com tensões no Brasil e no exterior

Bolsa cai pelo quinto dia seguido e atinge menor nível em cinco meses

Com informações da Agência Brasil
Reprodução/Yandex
Os principais fatores que provocaram turbulências são externos: Agravamento das tensões entre Irã e Israel e o aquecimento da economia dos EUA fizeram o dólar subir em todo o planetaOs principais fatores que provocaram turbulências são externos: Agravamento das tensões entre Irã e Israel e o aquecimento da economia dos EUA fizeram o dólar subir em todo o planeta

O dólar abre os negócios no mercado financeiro nessa quarta-feira (17) com o maior valor em 13 meses. Depois de bater na casa de R$ 5,30, a moeda estadunidense fechou ontem a R$ 5,27. A bolsa de valores caiu pela quinta vez seguida e atingiu o menor nível desde novembro do ano passado. O cenário preocupa porque dólar alto representa aumento de preços ao consumidor. Todos os bens e serviços que demandam custos internacionais sobem com a alta do dólar.

Os exportadores de carne, por exemplo, passam a ver no mercado externo maior potencial e, com menos oferta no mercado interno, a proteína para consumo humano dispara. Igualmente os insumos agrícolas sobem e ocorre uma reação em cadeia com a alta de preços dos alimentos.

Bateu a casa dos R$ 5,30

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (16) vendido a R$ 5,27, com alta de R$ 0,08 (+1,64%). A cotação abriu em R$ 5,21 e subiu ao longo de toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 12h, chegou a R$ 5,30. Esta foi a quinta alta consecutiva da moeda dos EUA, que fechou no valor mais alto desde 23 de março do ano passado. Apenas nos últimos cinco dias, a divisa subiu 5,23%, sem que o Banco Central tenha intervindo no câmbio por meio de operações de swap (venda de dólares no mercado futuro).

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.389 pontos, com queda de 0,75%. O indicador está no patamar mais baixo desde 13 de novembro. Em 2024, o índice recua 7,3%.Tanto fatores domésticos como internacionais afetaram o mercado financeiro nesta terça-feira.

Entenda os motivos

No cenário interno, a mudança da meta fiscal do governo federal para 2025, com a manutenção do déficit primário zero em vez de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, foi mal recebida pelos investidores do mercado de ações.

Entretanto, os principais fatores que provocaram turbulências, no entanto, são externos. O agravamento das tensões entre Irã e Israel e o aquecimento da economia dos EUA fizeram o dólar subir em todo o planeta.

Embora a construção de moradias nos Estados Unidos tenha desacelerado, novas falas do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Jerome Powell, criaram tumulto. Nesta terça, ele disse que os dados recentes de inflação diminuem a confiança de o Fed começar o corte de juros.

Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Em relação ao petróleo, a cotação do barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, caiu 0,43% para US$ 89,99, apesar do bombardeio iraniano a Israel.
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