17 de outubro, de 2024 | 07:52
Ministro cobra da Aneel apuração de descumprimento de contrato da Enel
O mineiro Silveira sugere um processo 'rápido, célere e objetivo' no caso da concessionária que deixou milhares de pessoas sem energia elétrica na maior cidade da América do Sul
Com informações da Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a cobrar, nesta quarta-feira (16), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a abertura de um processo "rápido, célere e objetivo" para apurar se a empresa distribuidora de energia elétrica Enel vem descumprindo cláusulas do contrato de concessão do serviço na região metropolitana da cidade de São Paulo. Um dos principais diagnósticos do problema é que a empresa privada não fez investimentos necessários para sustentar o abastecimento de energia da capital paulista e nem sequer as podas necessárias para evitar danos à rede elétrica foram feitas dentro do cronograma.
Logo depois, a Controladoria-Geral da União (CGU) informou que abriu, em resposta a denúncias encaminhadas pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, uma investigação para apurar irregularidades envolvendo dirigentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).O processo investigativo segue em caráter sigiloso, em conformidade com as normas vigentes, a fim de garantir a integridade das apurações e o devido processo legal. A CGU reafirma seu compromisso com a transparência e a correção de eventuais desvios de conduta na administração pública e manterá o público informado assim que o processo for concluído”, disse a Controladoria, em nota.
Defendo que a Aneel abra um processo rápido, célere e objetivo para apurar se ela [Enel] descumpriu índices regulatórios que o TCU [Tribunal de Contas da União] disse, no ano passado, que ela não descumpriu. E que, caso [a empresa] tenha descumprido, instaure um processo e apresente ao poder concedente [União] as possibilidades [de sanções]”, declarou o ministro.
Ao detalhar algumas das ações que o governo federal implementou para auxiliar a Enel e as autoridades paulistas a restabelecerem o fornecimento da energia elétrica, interrompido por um forte temporal e ventos de mais de 100 km/h na sexta-feira (11), Silveira ressaltou que a possibilidade de o governo federal romper o contrato com a Enel, válido até 2028, é um processo complexo, que exige um parecer da agência reguladora. E lembrou que, há meses, solicitou à Aneel, oficialmente, que instaurasse um processo legal a fim de verificar as penalidades cabíveis nos recorrentes apagões em áreas atendidas pela Enel.
Quais são as possibilidades? Passagem de controle, intervenção e [eventualmente, a posterior] caducidade. Todo mundo fala em caducidade porque não sabe o que é. Se soubesse, falaria intervenção com possibilidade de caducidade, que [significa] cancelar o CNPJ, dizer que a empresa não existe mais e quem vai passar a cuidar do serviço”, apontou o ministro, minimizando as chances de o governo federal determinar a caducidade do contrato.

Alguém tem dúvida de que se esse fosse o caminho, que se essa fosse uma possibilidade real que pudesse ser feita sem quebra de contrato ou judicialização, sem aumentar o ônus para o consumidor, o ministro já não a teria tomado?”, questionou, destacando que não há, no setor energético nacional, precedente de decretação de caducidade contratual. O que foi feito, no limite, foi a intervenção”, afirmou.
Privatização
Ao lembrar que o contrato que a Enel assumiu em 2018 foi assinado em 1998, por sua antecessora, Silveira avalia que o documento já não é adequado à realidade do setor energético mundial e às especificidades brasileiras, pois não prevê, por exemplo, obrigações para a empresa mitigar os efeitos de eventos climáticos severos e garantir níveis de satisfação dos clientes.É um contrato que, absurdamente, expurga do seu índice de medição de qualidade de serviços [os eventuais impactos] de eventos climáticos severos que, em 1998, não eram habituais”, disse o ministro, defendendo a necessidade de atualizar os contratos de concessão em geral, lembrando que, em junho deste ano, o governo federal publicou um decreto presidencial estabelecendo regras mais rígidas para os contratos de distribuição.
Paulo Pinto/Agencia Brasil
Um dos principais diagnósticos do problema é que a empresa privada não fez investimentos necessários para sustentar o abastecimento de energia da capital paulista e nem sequer as podas necessárias para evitar danos à rede elétrica foram feitas dentro do cronograma

O que diz o governador Tarcísio Freitas?
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou esta semana que a Enel, empresa privada que administra a distribuição de energia no estado, deveria sair do país.O governador também declarou que já teria pedido a abertura do processo de caducidade à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O governador afirmou que o diálogo com a agência não resolve mais, já que os pedidos para punição da Enel não estão sendo atendidos.
"A Enel vem descumprindo seu contrato. Não adianta só multa, a empresa não paga a multa, vai no Judiciário e pede a suspensão da dívida. Está claro que a empresa é incompetente, não se preparou para investimentos. Está claro que ela tem de sair daqui, tem de sair do Brasil", disparou o governador.
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Gildázio Garcia Vitor
19 de outubro, 2024 | 14:05Senhora Waine, o problema em São Paulo é do Governador Tarcísio e do Prefeito Nunes. O governo federal só está tentando dar uma força para resolver o imbróglio.
Quanto ao Ministro Dr. Alexandre Silveira, a Senhora está sendo infeliz ao fazer esses comentários, porque, em primeiro lugar, ele sempre soube onde está e aonde quer chegar, isso já na campanha de 2002, quando tinha pouco mais de 30 anos, e colaborou na Primeira Eleição Vitoriosa do Companheiro Lula. Em segundo, quando ganhou a eleição para o Presidente Lula, em 2022 em Minas, derrotando o BocóZema e a máquina do governo.
Para mim, já faz parte das "Raposas" da politica mineira.”
Rj
19 de outubro, 2024 | 13:35Ô Waine Araxá, governo e Ministro das Minas e Energia competentes era o do Minto Inelegível. A Petrobras ( não tem acento, é uma marca registrada) foi fatiada e entregue para a iniciativa privada, inclusive para investidores estrangeiros. E as joias da
Arábia?
Perdeu "Manela"! Aceita que dói menos!”
Justo
19 de outubro, 2024 | 10:21Enquanto rolar propinas pra políticos a anel está tranquila”
Waine Alfenas Vieira
18 de outubro, 2024 | 20:41Fruto de incompetência de governo e de um ministro das minas e energia que não sabe nem aonde está. Acho que não sabe nem o que é uma tomada. Se meteu na Petrobrás ferrou ainda mais o povo. Agora se metendo na Aneel. Pedi pra sair.”
Carlos Roberto Fayoli
17 de outubro, 2024 | 10:51Viewer, ou o senhor faz de bobo para viver ou então é como o Bolsonaro e o Lula, tudo farinha do mesmo saco, ambos enganadores de suas manadas. Privatizar e achar que agências federais, estaduais ou municipais vão fiscalizar qualquer coisa é de duvidar da inteligência. Aliás, já está pacificado que pessoas que usam termos como "ameaça comunista" e "esquerdopada", ou ainda "fascistas" para se referirem às correntes políticas no Brasil, decisivamente não batem bem das faculdades mentais.”
Jj
17 de outubro, 2024 | 10:19Achei que o Ilustre Ministro das Minas e Energia iria mandar seus "Engenheiros" do Vale do Aço o ex Prefeito João Magno , o Ex Vereador Xingozinho e o filho de um Ex Delegado de Cel Fabriciano,para juntos resolverem o problema do apagão em São Paulo!”
Viewer
17 de outubro, 2024 | 09:59Brasil se tornando brasil por ingerência federal... pior ainda é ver os comentários dos esquerdopatas criticando as privatizações sendo que as agências federais tem falhado miseravelmente.”
Gildázio Garcia Vitor
17 de outubro, 2024 | 08:20Parabéns pelo Irônico comentário Sr. Cidadão Pagador De Impostos!
Apesar de ser um esquerdopata, sou contra empresas estatais que não atendem diretamente a população, como, por exemplo, a Usiminas e a Vale. Mas aquelas que prestam serviços à população, mesmo com ações negociadas nas Bolsas de Valores, devem ter o controle majoritário do
Estado, apesar de serem moeda de troca e um cabide de empregos com altos salários e bônus para todos os apadrinhados das esquerdas e das direitas, inclusive filhos e agregados de Juízes das Altas Cortes, que têm a competência para julgar os desmandos dessas Estatais.”
Cidadão Pagador de Impostos
17 de outubro, 2024 | 08:06Gostaria de mandar um salve para o governador capira de Araxá, Romeu Zema, que quer privatizar tudo em MG e para o prefeito de Ipatinga, o Gugu, que quer privatizar o fornecimento de água e tratamento de esgoto. Vão em frente, PRIVATIZA, QUE MELHORA.”