12 de novembro, de 2024 | 05:42

Dólar sobe para R$ 5,77 com atraso em pacote de corte de gastos

Bolsa de valores fecha estável, com alta de apenas 0,03%

Com informações da Agência Brasil
Sem a definição do anúncio do pacote do corte de gastos, o mercado financeiro teve mais um dia de volatilidade na segunda-feira. O dólar subiu pela terceira sessão seguida, pressionado pelos especuladores do mercado financeiro. A bolsa de valor fechou estável, após alternar altas e baixas ao longo do dia.

Nesta terça-feira (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá novamente com o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, para definir a forma de encaminhamento das medidas de corte de gastos ao Congresso Nacional e discutir como explicarão o pacote aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O ministro ressaltou a importância do corte de gastos obrigatórios em melhorar a qualidade dos gastos públicos, reduzir a inflação e permitir o crescimento sustentável da economia.

Mercado nervoso
O dólar comercial começa a ser negociado nesta terça-feira (12) vendido a R$ 5,77, com alta de R$ 0,032 (+0,56%). A divisa iniciou o dia em forte alta, chegando a R$ 5,81 por volta das 10h30, mas desacelerou durante a tarde. Com a disparada do dólar os preços no mercado também disparam. Combustíveis, lubrificantes e alimentos, principalmente a carne, têm aumentos seguidos de preços.

Apesar da alta desta segunda, a moeda estaunidense acumula pequena queda de 0,19% em novembro. No acumulado de 2024, a divisa sobe 18,89%.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.874 pontos, com alta de apenas 0,03%. Pela manhã, o indicador chegou a cair 0,39%. Por volta das 15h20, subia 0,21%.

Fatores envolvidos na alta do dólar
Assim como nos últimos dias, tanto fatores domésticos quanto externos influenciaram o mercado financeiro. No cenário internacional, o dólar se fortaleceu com as medidas de protecionismo anunciadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. As commodities (bens primários com cotação internacional) recuaram por causa de dados fracos da economia chinesa.

No mercado interno, as negociações voltaram a ser influenciadas pelo atraso no anúncio do pacote de corte de gastos obrigatórios. Na tarde desta segunda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se a sós com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da agenda. O encontro ocorreu após dias de reuniões, ao longo da semana passada, de Lula com os ministros das áreas que podem ser atingidas com os cortes.