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09 de julho, de 2025 | 06:18

Beneficiadas com derruba do IOF por deputados e senadores, bets ganham fortuna no Brasil e enviam ao exterior

Empresas internacionais da jogatina estão entre os setores beneficiados com decisão do Congresso contra o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras

Com informações da Agência Brasil
Marcos Oliveira/Agência Senado
Para ministro, impasse entre o governo e o Congresso Nacional pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não pode ser encarado como uma disputa de futebolPara ministro, impasse entre o governo e o Congresso Nacional pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não pode ser encarado como uma disputa de futebol

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (8) que as bets (casas de apostas esportivas, cassinos e jogos de azar) paguem mais impostos no país. Para ele, as casas de apostas virtuais (bets) devem pagar taxas mais elevadas, a exemplo do que ocorre com os cigarros e as bebidas alcoólicas.

“O governo anterior tratou as bets como se fosse a Santa Casa de Misericórdia, sem cobrar um centavo de impostos das bets durante quatro anos”, disse ele, em entrevista. "Os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui, e que vantagem a gente leva?", questionou o ministro.

“Para mim, tem que tratar as bets na linha do que é o cigarro e a bebida alcoólica. É uma coisa difícil de administrar e há vários casos na história de que, quando proíbe, piora. Temos que enquadrar esse setor de uma vez por todas”, defendeu.

De acordo com o ministro, medidas como essa que preveem maior taxação das bets são importantes para o governo.

“Nosso objetivo é um só: depois de 10 anos estamos buscando resultados fiscais robustos para garantir que a economia continue crescendo, com baixo desemprego e inflação em queda. Mas a impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país a troco da eleição do ano que vem”.


A polêmica sobre o IOF

Em entrevista nesta terça-feira (8) ao portal Metrópoles, o ministro falou ainda que o impasse entre o governo e o Congresso Nacional pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não pode ser encarado como um “Fla x Flu”, disputa clássica do futebol carioca entre Flamengo e Fluminense. “Esse Fla-Flu não interessa a ninguém. Não vejo as coisas assim. Prefiro pensar institucionalmente”, disse ele.

Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu tanto os decretos do Executivo que elevam o IOF quanto o decreto que foi aprovado pelo Congresso Nacional e que derruba essa medida. Para resolver o impasse, Moraes determinou a realização de uma audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional sobre o tema para o próximo dia 15 de julho, em Brasília.
Diogo Zacarias/MF
Fernando Haddad disse acreditar que o projeto sobre o Imposto de Renda e que prevê isenção para os que ganham até R$ 5 mil será aprovadoFernando Haddad disse acreditar que o projeto sobre o Imposto de Renda e que prevê isenção para os que ganham até R$ 5 mil será aprovado

Na entrevista de hoje, Haddad disse que não pode se antecipar à decisão que será tomada pelo Supremo em relação ao IOF, mas informou que o governo está trabalhando para que essa questão seja resolvida.

Ele ressaltou ainda que o governo está buscando manter o diálogo com o Congresso e afirmou que, em breve, ele deverá se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.

“Quando um não quer, dois não brigam. E nós não vamos brigar porque, no caso, nenhum dos dois quer brigar. Não tenho nem o direito de ter as relações estremecidas porque ele é o presidente da Câmara. Ele é um poder institucional e o Brasil depende da boa condução dos trabalhos dele. Eu sou um ministro, não tenho mandato. Mas ele é poder constituído. Nunca saí de uma mesa de negociação. E só saio com acordo", afirmou Haddad.

O Imposto de Renda que só os mais pobres pagam

Durante a entrevista, o ministro disse ainda acreditar que o projeto sobre o Imposto de Renda e que prevê isenção para os que ganham até R$ 5 mil será aprovado. Ocorre que, para isso, o governo precisa compensar o que deixará de arrecadar junto aos mais pobres, encontrando outra forma de arrecadação.

O projeto é discutido há mais de oito anos no Congresso, sem que haja um consenso e os brasileiros que menos têm ganhos são os que continuam a pagar mais imposto.

Segundo Haddad, o deputado Arthur Lira, que é o relator do projeto sobre o Imposto de Renda, tem se reunido frequentemente com o governo, seja presencialmente ou de forma virtual. “Eu acredito que esse projeto será aprovado com larga margem de apoio”, falou.
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Comentários

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Antonio

09 de julho, 2025 | 11:07

“O que seria IOF vai patrocinar campanhas políticas, aí não haverá veto e sim mais votos. Votos das manadas, enganadas, iludidas pelas campanhas milionárias na tv.”

Vitor

09 de julho, 2025 | 08:50

“O pobre,o rico ,classe média todo mundo paga imposto,chega de ilusão
é só comecarem a cortar na carne dos deputados,presidentes,
as viagens internacionais são carissimas e ficam inventando isso para os pobres acharem que
o governo está preocupado com eles e nao com o bolso,corta as viagens,auxilios paletós dentre outros,
isso nem falam”

Dudu

09 de julho, 2025 | 08:18

“Concordo com Adriano, a esquerda quer colocar na cabeça do povo que quem vai pagar mais IOF é apenas o rico, mas na verdade o assalariado que vai comprar seus moveis, eletrodomésticos, veículos entre outras coisas parceladas, que vai assumir essa divida, pq o assalariado para ter um armário na cozinha divide de 10X, isso é necessidade, não é luxo. quem vai pagar o juros do cartão de crédito é o próprio assalariado, não vai ser o rico, dono da loja.
Quem gera emprego é o empresário, que investe um capital para abrir a loja, não é a Senhorinha com 4 filhos que recebe bolsa família e esta na militância da esquerda.
Jogo de azar tem que ser criado uma nova categoria para arrecadação, não adianta prejudicar o assalariado tirando a dignidade e o poder de compra, o rico tem dinheiro pra sair do pais, e o pobre tem que continuar aqui, pagando altas taxas para o governo.”

Gildázio Garcia Vitor

09 de julho, 2025 | 08:02

“"Brasil: poucos com muitos e muitos com pouco".”

Adriano Paiva

09 de julho, 2025 | 07:36

“Não posso deixar comentar, a retórica é sempre verdadeira. Tudo bem que queda IOF, abre porta Bets, a paulada maior e financiamentos comerciais, cheque especial, atraso refinanciamento de cartão crédito. Tudo paga IOF. Atinge em cheio, setor produtivo e classe média, pobre por tabela, ao financiar algum bem em tantas parcelas, também paga seu IOF, governo tem tomar vergonha na cara e gastar menos do que arrecada.
BETS, faz projeto para aumentar imposto delas em separado, e muita falácia.”

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