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23 de julho, de 2025 | 06:17

Tarifaço é problema político ideológico e não de comércio, afirma presidente da Apex

Taxação aos produtos brasileiros está prevista para começar em agosto e tanto empresários brasileiros quanto estadunidenses já fazem as contas de perdas bilionárias

Com informações da Agência Brasil
Presidente Apex, Jorge Viana, em entrevista coletiva. Foto: Joédson Alves/Agência BrasilPresidente Apex, Jorge Viana, em entrevista coletiva. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, afirma que o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil não se trata de um “problema” de comércio, mas da ação de grupos políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Eu não consigo achar o problema que nós temos com os Estados Unidos, para poder agir. Porque o que está vindo para nós não é um problema de comércio, é uma ação perversa de família, de grupos extremistas que querem danificar o país, querem danificar quem trabalha, danificar as empresas e danificar a soberania do nosso país. E diante disso devemos estar unidos como nunca antes”, disse Viana.

A afirmação foi feita durante cerimônia de assinatura de um convênio da Apex com a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), voltado para a exportação de produtos agroindustriais produzidos pelas cerca de 1,5 mil cooperativas ligadas à organização.

Cooperativas
Batizado de Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), a ação é destinada exclusivamente às cooperativas e visa dar os subsídios para que elas consigam atingir mercados externos, por meio de capacitações.

Segundo dados da Unicafes, 92,6% das cooperativas adotam práticas sustentáveis na produção; 75% são agroindústrias e 73,4% promovem a inclusão de jovens e mulheres. A valorização das mulheres é um dos eixos do projeto, como reconhecimento ao trabalho desenvolvido e a dedicação ao cultivo de suas terras e ao desenvolvimento das comunidades onde atuam.

A presidente da Confederação Unicafes, Fátima Torres, destacou que a iniciativa vai ajudar a aumentar a força e a competitividade das cooperativas na abertura de novos mercados, tanto fora quanto dentro do país.

“Nós vamos estar disponibilizando capacitação para as nossas cooperativas e essa formação serve para os mercados. Claro que a Apex tem um foco no mercado internacional, mas essa capacitação vem para promover, cada vez mais, o amadurecimento da gestão das nossas cooperativas. E aí, a outra coisa é que, a partir desse convênio, nós vamos poder cada vez mais internacionalizar o nosso cooperativismo solidário”, afirmou.

Senador republicano fala em “esmagar” a economia do Brasil

O ataque à soberania do Brasil pelo presidente dos EUA esconde motivação que vai muito além da questão da família Bolsonaro, usada como pano de fundo por ter forte apelo popular. A aliança dos Brics (bloco econômico formado por Brasil, Rússia, China e mais nove países) é vista como ameaça pelos Estados Unidos e qualquer acordo comercial entre eles gera ameaças.

Esta semana, o senador estadunidense Lindsey Graham (Partido Republicano-Carolina do Sul) afirmou, em entrevista à Fox News, que os Estados Unidos vão “esmagar as economias” do Brasil, da China e da Índia se esses três países continuarem a comprar “petróleo russo barato”.

“Vamos impor tarifas pesadas contra vocês e vamos esmagar suas economias, porque o que vocês estão fazendo é dinheiro manchado de sangue”, disse o congressista em referência à guerra da Rússia contra a Ucrânia, que já dura mais de três anos, no lado Ucraniano, financiada pela União Europeia e Estados Unidos.

Para o senador, a compra de petróleo da Rússia por esses países, integrantes do Brics, é o que “mantém a máquina de guerra do [presidente russo, Vladimir] Putin funcionando”.

Graham disse que o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), “vai impor tarifas de 100% a esses países, como punição por estarem ajudando Putin”. Já na semana passada, o senador havia dito que países que compram diesel da Rússia seriam punidos.
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Comentários

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Veloso

23 de julho, 2025 | 14:50

“Sr.Antonio, pelo que se percebe, estados Unidos vai tratar o Brasil, do mesmo jeito que trata Venezuela.”

Gildázio Garcia Vitor

23 de julho, 2025 | 13:40

“Sr. Jose, de onde tirou isso?! Por acaso, ainda não foi informado sobre as belíssimas atuações dos senhores Dudu Bananinha e Paulo Figueiredo, o neto do último ditador, junto ao governo do Diabo Loiro?! A esquerda brasileira não consegui entrar em conluio nem com a "esquerda" americana.”

Nelore

23 de julho, 2025 | 12:21

“Caríssimo Pátria Amaa, patriotismo não é sinônimo de socialismo; e ditaduras políticas ou religiosas não são antipatriotas, na verdade, são nacionalistas até demais.”

Jose

23 de julho, 2025 | 11:58

“? trump aplicando tarifas absurdas contra o Brasil, É Lula e Hadadde, aprovando na marra IOF, que vai penalisar ainda mais empresários e consumidores. Tá osso gente. Esquerda brasileira em conluio com a direita americana para sobretaxar todo mundo aqui no Brasil.”

Gonçalves

23 de julho, 2025 | 10:27

“Essa é uma visão limitada da situação. O problema são os dois: político e comercial.”

Pátria Amaa

23 de julho, 2025 | 09:57

“O engraçado é que quem critica o patriotismo, em sua grande maioria vai para os EUA ou para Europra passar suas férias, mas não passam nem perto de Cuba, Venezuela ou do Irã, são os verdadeiros hipócritas.”

Antonio

23 de julho, 2025 | 07:51

“A Narrativa do ex-governador do Acre, pode até fazer sentido, mas por trás, a de se ver que os EUA, estão reformulando sua política comercial com o mundo todo, até aliados primeira hora, como Japão, Alemanha, Inglaterra, agora o que o nobre ex-governador não diz que o chefe dele quer cantar de galo, e usar o BRICS, para ameaçar a hegemonia do Dólar no mundo, aí o Laranjao sobe nas tamancas, e tem mais as atitudes que retaliação e baniram a relação da Venezuela com mundo global comercial, estão sendo vista pelos EUA, similaridades com atitudes praticadas no Brasil, na Visão americana, então, portanto é entretando, está fogueira está sendo acessa e alimentada pelas atitudes que o Brasil está criando, ensinaram na escola que o Brasil tem a maior floresta do mundo, maior rio do mundo, que se plantando tudo da, mas esqueceram de dizer que o trator que não tem operador para usa-lo, continua sendo só um trator sem função.”

Gildázio Garcia Vitor

23 de julho, 2025 | 07:22

“Com a colaboração dos nossos PATRIOTAS*, vai ser difícil vencer esta "guerra político-comercial".

* Segundo Samuel Johnson, "O patriotismo é o último refúgio dos canalhas", mas segundo Millôr Fernandes, "No Brasil é o primeiro".”

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