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29 de julho, de 2025 | 14:44

Senadores brasileiros buscam diálogo sobre tarifas impostas por Trump

Enquanto isso, Eduaro Bolsonaro afirma que trabalha para que não haja diálogo

Com informações da Agência Brasil
Divulgação/Samyra Galvão
Missão pluripartidária mantém encontros com congressistas e empresários estadunidensesMissão pluripartidária mantém encontros com congressistas e empresários estadunidenses

Um grupo de oito senadores brasileiros está em Washington, capital dos Estados Unidos (EUA), para tentar abrir um canal de diálogo com congressistas estadunidenses e discutir soluções para o tarifaço de 50% anunciado pelo presidente americano por Donald Trump sobre as importações do Brasil.

Os senadores se reuniram com representantes da Embaixada do Brasil, com empresários e devem se reunir nesta terça-feira (29) com seis congressistas, entre Republicanos e Democratas, para discutir soluções para as tarifas, previstas para começar a ser aplicadas na próxima sexta-feira (1º). Não foram anunciados os nomes dos congressistas que vão receber os senadores brasileiros.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS) (Foto), que lidera a missão em Washington, explicou que o objetivo é “distensionar” a relação com os Estados Unidos no âmbito parlamentar.

“A partir do momento que a gente conquistar isso [o distensionamento], eu penso que a missão já vai ter o seu primeiro ponto no sentido de proporcionar ambiente e caminho para que quem tenha prerrogativa de negociar, que não somos nós, e sim o governo federal, possa assim fazer”, disse Trad após a reunião com membros da U.S. Chamber of Commerce, que representa as empresas de todos os setores dos EUA.

A assessoria da missão do Senado informou ainda que os parlamentares se reuniram com representantes de executivos das multinacionais Cargill, ExxonMobil, Johnson & Johnson, Caterpillar, entre outras.

"Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo", afirma deputado

Os detalhes das agendas não foram revelados em meio à preocupação com o boicote por parte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que desde o mês passado está nos Estados Unidos. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teceu críticas à comitiva do Senado e disse que atuaria para atrapalhar a interlocução dos senadores brasileiros na capital americana. "Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo", afirmou Eduardo, segunda-feira (28), em entrevista ao SBT News. O vídeo está viralizado nas mídias sociais e causa mal-estar no meio político, pressionado pelos empresários brasileiros frente à iminente taxação de 50% para exportar produtos para os Estados Unidos.

Diálogo
Na segunda-feira (28), o vice-presidente Geraldo Alckimin disse que o governo está conversando com o governo dos Estados Unidos. “Estamos dialogando neste momento pelos canais institucionais e com reserva", disse.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que também está em Washington, destacou que a missão busca soluções para proteger a economia brasileira e as relações diplomáticas de mais de 200 anos entre Brasil e EUA.

“O objetivo é chegar a um acordo e defender o Brasil perante as tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos”, escreveu em uma rede social.

Participam da missão do Senado Tereza Cristina (PP-MS), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Carvalho (PT-SE), Carlos Viana (Podemos-MG), Fernando Farias (MDB-AL) e Esperidião Amin (PP-SC).

A missão tem agenda até esta quarta-feira (30), quando devem se reunir com representantes da Americas Society/Council of the Americas, entidade que reúne lideranças da sociedade civil e do setor empresarial com foco no fortalecimento das relações interamericanas.

Entenda
No dia 9 de julho, Trump anunciou tarifas adicionais de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, a partir de 1º de agosto. O chefe da Casa Branca cita uma suposta relação “injusta” nas relações comerciais entre os dois países, apesar de o Brasil ter déficit comercial com os EUA há 17 anos.

Trump também cita restrições impostas às plataformas digitais americanas e o processo por tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como outros motivos para a tarifa de 50%.

As autoridades estadunidenses ainda abriram investigação contra o Pix por considerarem possível prática “desleal” de mercado, o que prejudicaria as bandeiras de máquinas de crédito estadunidense Visa e MasterCard, além do Whatsapp Pay, da gigante da tecnologia Meta.
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Comentários

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Justo

29 de julho, 2025 | 21:05

“O alí baba não quis ir pessoalmente sentar a mesa e tomar uma cervejinha com o Trump pra destravar as ideias.”

Joao

29 de julho, 2025 | 17:11

“O problema é que o governo Lula falou no Brics, ideia de criar moeda para contrapor ao dólar, o laranjao subiu nas tamancas.”

Verdade

29 de julho, 2025 | 16:14

“Lula até 2030.”

Observador

29 de julho, 2025 | 15:47

“O José, pelo visto, de esperto só tem o nome. kkk Podia ter passado a tarde sem essa”

Nelore

29 de julho, 2025 | 15:44

“João, o problema não só só as besteiras ditas, não pode fazer de conta que o Dudu Bananinha e o neto do último ditador não têm contribuído muito para esta situação, com o único objetivo de salvar o Minto e seus comparsas da prisão.
José, deixe de ser simplório e desinformado, o comércio do Brasil com a Venezuela não representa nada, quando comparado com o que temos com os EUA. O Maduro já voltou atrás e retirou as tarifas, vai se informar, porque aqui, neste esoaço, que o Portal Diário do Aço nos doa para comentarmos as suas reportagens, não é espaço para propagar fake news de patriotas de araque.”

Jose

29 de julho, 2025 | 15:25

“Mas, pergunto: e as tarifas de 77% que Nicolás Maduro impôs sobre nossos produtos? Ah esqueci. Ele é esquerdista. Então pode nos taxar a vontade e muito acima do Trump. 77% são tarifas do bem, do amor. Estão caladinhos né. O problema é o Trump. Maduro não é problema, pode até aumentar um pouco mais este tarifaço absurdo.”

Joao

29 de julho, 2025 | 15:00

“Mais um turismo oficial, o laranjao não tá pra brincadeira. O Brasil representa 3% do comércio deles, eles representam 36% do nosso, quem tem mais a perder, muita besteira foi dita, o problema é hegemonia do dólar, aí bicho pega.”

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