23 de setembro, de 2025 | 14:08
Trump diz ter ''química'' com Lula e anuncia encontro bilateral
Por Pedro Peduzzi Repórter da Agência Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pretende se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima semana. Ele teceu elogios ao chefe de Estado brasileiro chamando-o de homem muito agradável”, com quem teve uma química excelente” durante breve encontro.
Trump discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas logo depois do presidente Lula. Tradicionalmente, o presidente do Brasil faz o discurso de abertura das assembleias anuais da ONU.
O presidente norte-americano disse que as tarifas aplicadas contra o Brasil e outros países são uma questão de defesa da soberania e da segurança de seu país contra aqueles que tiraram vantagens por décadas” durante os governos que o antecederam.
Encontrei o líder do Brasil ao entrar aqui e falei com ele. Nos abraçamos. As pessoas não acreditaram nisso. Nós concordamos que devemos nos encontrar na próxima semana. Foram cerca de 20 segundos. Conversamos e concordamos em conversar na próxima semana”, disse o presidente norte-americano.
Química excelente
Trump acrescentou que Lula parece ser um homem muito agradável”.
Eu gosto dele e ele gosta de mim. E eu gosto de fazer negócios com pessoas que eu gosto. Quando eu não gosto de uma pessoa, eu não gosto. Mas tivemos, ali, esses 30 segundos. Foi uma coisa muito rápida, mas foi uma química excelente. Isso foi um bom sinal.”
Na avaliação do presidente norte-americano, o Brasil tarifou os EUA de uma forma muito injusta”, o que levou seu país a aplicar, de volta, as tarifas de 50% contra alguns produtos brasileiros.
Fiz isso porque, como presidente, eu defendo a soberania e os direitos de cidadãos americanos”.
O Brasil, segundo Trump, estaria indo mal” ao cobrar tarifas imensas e injustas” dos produtos norte-americanos, além de interferir nos direitos e na liberdade de cidadãos americanos e de outros países "com censura, repressão, e com o uso do sistema judicial como arma".
Na sequência, Trump acenou que o Brasil poderá se dar bem” caso trabalhe de forma conjunta com os EUA. Sem a gente, eles vão falhar como outros falharam”, acrescentou.
Desde julho, o governo dos Estados Unidos vem em uma ofensiva taxando produtos brasileiros e tentando interferir nas decisões do Judiciário. O governo brasileiro respondeu afirmando que os Estados Unidos tiveram um superávit junto ao Brasil, nos últimos 15 anos, de mais de US$ 400 bilhões - o que não justificaria a imposição de novas taxas.
Em carta, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, negou que haja censura no Brasil e disse que as decisões da Corte buscam proteger a liberdade de expressão. Ele afirmou ainda que a tarifa de 50% imposta pelo presidente Trump aos produtos brasileiros teve como fundamento uma compreensão imprecisa dos fatos”.
No Brasil de hoje, não se persegue ninguém”, afirmou o presidente da mais alta Corte brasileira.
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Diogenes
24 de setembro, 2025 | 05:48Resposta para José
Não existe Rei Nu, existe uma autoridade que representa o povo Brasileiro que foge às suas responsabilidades, e alimenta a situação visando a próxima eleição.
?Essa é a nova diplomacia: a de quem não aparece para não ter que se posicionar. Por que expor o país a riscos de negociações difíceis, de ter que realmente bater de frente por acordos justos? É muito mais seguro criticar de longe e manter a imagem de que o mundo conspira contra o Brasil. A verdadeira coragem, meus amigos, não está em ir à luta, mas em se retirar do campo de batalha antes mesmo que o embate comece. A massa, coitada, ainda acredita em heróis que encaram o perigo. Mal sabem eles que o verdadeiro poder está em se esquivar, em deixar que os outros resolvam as coisas enquanto se late, seguro, de trás da cerca. E, no fim, o Brasil continua na mesma.”
Zé Doido
23 de setembro, 2025 | 23:25E o Bozo?
Deve estar com dor de cotovelo, o Bananinha deve soltar uma de suas pérolas logo logo, porque aquele dali não consegue ficar com a boca fechada.”
Jose
23 de setembro, 2025 | 20:31Trump denunciou na ONU práticas de repressão, censura e corrupção judicial exportadas do Brasil e direcionadas a cidadãos americanos - uma acusação sem precedentes contra um presidente brasileiro no cenário internacional. O gesto foi calculado, ao mesmo tempo em que expõe Lula como protagonista de perseguições políticas, Trump o convida a negociar. O petista fica encurralado, sob a crítica global e coagido a se sentar com Washington em condições impostas pelos EUA.
O discurso de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira, 23 de setembro, foi mais do que retórico; foi um movimento calculado de pressão sobre Lula da Silva. Trump elogiou o petista, chamou-o de ?um homem muito agradável? e disse ter sentido ?excelente química? no breve encontro que tiveram em Nova York. Mas, em seguida, deixou claro que a aproximação só prosperará se o Brasil decidir ?vir junto com os Estados Unidos?.
Ao anunciar publicamente um encontro para a próxima semana - gesto que deixou Janja e o Itamaraty visivelmente desconcertados - Trump esvaziou qualquer margem de manobra de Lula. Recusar a reunião seria assumir fragilidade diante da opinião pública internacional; aceitar, por sua vez, o obriga a encarar uma pauta indigesta que vai de tarifas comerciais e denúncias de censura até a exigência de um alinhamento geopolítico claro ao lado dos Estados Unidos.
A cordialidade de Trump abre espaço para a diplomacia, mas a cobrança será inevitável na mesa de negociações. Lula claramente não esperava por esse anúncio em plena tribuna da ONU - a reação desconcertada de seu grupo deixou isso exposto diante do mundo. Agora, sob o olhar atento do mundo, não há mais disfarces possíveis - Lula está nu.”
Bom
23 de setembro, 2025 | 19:40Lula véi de guerra sindicalista dos bom, passou a lábia até no Trump ,esse Lula é o melhor.”
Diogenes
23 de setembro, 2025 | 16:47??Aparentemente, a política externa tem mais voltas que novela. A aproximação entre Trump e Lula mostra que, no jogo das negociações, interesses comerciais muitas vezes se sobrepõem a rivalidades ideológicas.
?As ameaças tarifárias de Trump parecem ser a ferramenta para forçar um acordo, enquanto a diplomacia brasileira, sempre cautelosa, busca um caminho que equilibre os interesses nacionais. Resta saber se o espírito "vira-lata" vai prevalecer, ou se a pragmática negociação irá conduzir um bom desfecho.
?O xadrez político global acaba de ganhar uma jogada inusitada. Trump, conhecido por sua estratégia de "pressão máxima", usa a economia para encurralar o Brasil em uma negociação bilateral.
?A "química" que ele mencionou com Lula pode ser apenas uma cortina de fumaça para os duros termos que ele quer impor. O Brasil, por sua vez, caminha com cuidado. A questão Bolsonaro é uma peça nesse tabuleiro, mas o que realmente está em jogo são as tarifas e o futuro do comércio entre os dois países.”
Jose Afonso
23 de setembro, 2025 | 16:25Lula, fique esperto, Trump é traiçoeiro.”
Antonio
23 de setembro, 2025 | 15:51Todo cuidado é pouco. Êsse americano é perigoso. Muda de opinião que nem camaleão muda de côr.”
Stop
23 de setembro, 2025 | 15:11GRANDE DIA PARA A DEMOCRACIA DO BRASIL
Parabéns Sr. Presidente Lula mostrando que o Brasil é grande”