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07 de outubro, de 2025 | 17:13

Brasil aumenta exportação de soja para a China, ocupando lugar dos EUA

Ricarod Botelho / Minfra
País asiático suspendeu compra de grãos norte-americanosPaís asiático suspendeu compra de grãos norte-americanos

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A guerra comercial entre Estados Unidos e China impulsionou a soja brasileira no país asiático. De junho a agosto, o país asiático suspendeu a compra do grão norte-americano, dando preferência a outros fornecedores, como o Brasil e a Argentina.

A conclusão está em um levantamento da American Farm Bureau Federation (Federação Americana de Escritórios Agrícolas, em inglês). Maior entidade representativa do setor agrícola no país, a federação engloba 6 milhões de produtores rurais estadunidenses.

Segundo o levantamento, divulgado na página da entidade, as importações chinesas de soja norte-americana despencaram para o menor nível histórico em 2025. Em contrapartida, o Brasil virou o principal fornecedor do grão ao gigante asiático.

Entre janeiro e agosto de 2025, a China importou apenas 5,8 milhões de toneladas de soja americana, contra 26,5 milhões no mesmo período do ano passado, queda de quase 80%. De junho a agosto, apontou o relatório, os Estados Unidos não embarcaram “virtualmente nada” de soja para a China, e o país asiático não comprou nenhuma nova colheita para a safra do próximo ano.

Em contrapartida, o Brasil exportou mais de 77 milhões de toneladas do produto para o mercado chinês no mesmo intervalo. No mesmo período, a Argentina ampliou as vendas de soja após suspender o imposto de exportação, restituindo o tributo após o valor exportado ultrapassar US$ 7 bilhões.

Segundo a Federação Americana de Escritórios Agrícolas, a retração não é pontual e resulta da política de diversificação de fornecedores implementada há anos pela China. Desde 2018, quando o primeiro governo de Donald Trump iniciou a guerra comercial, o país asiático deixou de dar prioridade aos agricultores estadunidenses, mesmo com a demanda interna chinesa em níveis recordes.

Outros produtos
Os impactos dessa reconfiguração comercial, aponta a entidade estadunidense, são profundos. Além da soja, as exportações norte-americanas de milho, trigo e sorgo para a China caíram a zero em 2025, e as vendas de carne suína e algodão seguem em ritmo reduzido.

Segundo o levantamento, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projeta que o valor total das exportações agrícolas para a China cairá para US$ 17 bilhões neste ano — 30% inferior a 2024 e mais de 50% abaixo de 2022. Para 2026, a estimativa é ainda menor: apenas US$ 9 bilhões, o menor patamar desde 2018.

Ajuda governamental
O governo Donald Trump prepara um novo pacote de ajuda financeira aos produtores rurais, semelhante ao concedido em 2019, quando mais de US$ 22 bilhões foram destinados ao setor durante a primeira guerra comercial com a China. “Usaremos os recursos das tarifas para apoiar nossos agricultores”, afirmou Trump em sua rede Truth Social. Paralelamente, o Tesouro norte-americano estuda medidas emergenciais para conter o déficit comercial agrícola.

Além da guerra comercial, os agricultores estadunidenses sofrem com a queda do preço das commodities (bens primários com cotação internacional) e o aumento de custos logísticos, agravado pelo baixo nível das águas do Rio Mississippi. O próprio Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que a renda agrícola do país caia 2,5% em 2025, atingindo o menor valor desde 2007.
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Comentários

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Jns

07 de outubro, 2025 | 20:38

“Tá rúim e vai piorá

Karl Marx disse que os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como bem entendem.

Trump foi reeleito em uma onda de pessimismo econômico, prometendo aos eleitores que a renda dispararia, a inflação desapareceria completamente, os empregos retornariam com tudo e a classe média prosperaria como "nunca antes" durante seu segundo mandato.

Até agora, eles têm se decepcionado.

As avaliações de sua gestão economia e da inflação foram positivas logo após sua posse.

Desde então, cairam para fortemente negativas após sua administração errática.

Os dados da pesquisa YouGov sugerem que a população agora
desaprova a sua gestão da imigração, outra questão central para sua reeleição.

Os eleitores de Trump ainda aprovam esmagadoramente seu desempenho como presidente.

Mas a projeção também mostra como a insatisfação com Trump está generalizada mesmo em estados que votaram nele há apenas alguns meses.

Os números são uma leitura preocupante para os republicanos que enfrentam disputas acirradas nas eleições de meio de mandato do próximo ano.

Fontes
The Economist
Forbes”

Pronto Falei

07 de outubro, 2025 | 17:49

“O Trumo, ajuda meu pai!”

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