04 de novembro, de 2025 | 07:33

Polícia divulga perfis dos mortos em confronto no Rio de Janeiro; 17 não tinham histórico criminal

Aproximadamente 54% dos identificados eram de outros estados brasileiros

Com informações da Agência Brasil
Carro da Defesa Civil chega no Instituto Médico-Legal após o resgate de dezenas de corpos por moradores da Comunidade da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. Corpos são resgatados por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção. Foto: Tânia Rêgo/Agência BrasilCarro da Defesa Civil chega no Instituto Médico-Legal após o resgate de dezenas de corpos por moradores da Comunidade da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. Corpos são resgatados por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou neste começo de semana o perfil com imagens de 115 das 117 pessoas mortas na Operação Contenção, deflagrada dia 28/10 nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com nota distribuída à imprensa, “mais de 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do estado. Apenas dois laudos resultaram em perícias inconclusivas”.

A Polícia Civil descreve que 97 das pessoas mortas “apresentavam históricos criminais relevantes”. Entre os mortos, 59 tinham “mandados de prisão pendentes.”

O comunicado oficial admite que outras 17 “não apresentaram histórico criminal”, mas segundo as investigações posteriores, “12 apresentaram indícios de participação no tráfico em suas redes sociais.”

A lista nomina as pessoas mortas como “neutralizados” e assinala que 62 desses são de outros estados: “19 do Pará, 9 do Amazonas, 12 da Bahia, 4 do Ceará, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 9 de Goiás, 1 de Mato Grosso, 3 do Espírito Santo, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.”

Doca - o líder que escapou

Relatório da Polícia diz que há no Rio de Janeiro “chefes de organizações criminosas de 11 estados da Federação, de quatro das cinco regiões do país.” O principal alvo da operação - Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, líder do Comando Vermelho (CV) – permanece foragido após seis dias da operação policial.

Nenhuma das pessoas mortas havia sido denunciada à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro criou um observatório para acompanhar a apuração sobre o cumprimento da lei pelas policias Civil e Militar durante a Operação Contenção.

Alexandre de Moraes no Rio de Janeiro O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve nesta segunda-feira (3) cinco reuniões com autoridades fluminenses e cariocas. Iniciando os encontros com o governador do estado do Rio, Cláudio Castro, e seus auxiliares da Segurança Pública.

Alexandre de Moraes já tinha determinado a preservação "rigorosa e integral" dos elementos materiais relacionados à execução da Operação Contenção.

O ministro se tornou relator temporário da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, mais conhecida como ADPF das Favelas, após a aposentadoria do ex-ministro Luiz Roberto Barroso. A ação estabelece regras para diminuir a letalidade policial no Rio de Janeiro.

O ministro também se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça do estado, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, o defensor público geral, Paulo Vinícius Cozzolino Abrahão, e o prefeito da capital, Eduardo Paes. Alexandre de Moraes já informou que ficará à frente da ADPF apenas enquanto um novo ministro não assume a vaga aberta com a saída de Barroso no STF.
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Comentários

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Paulo

04 de novembro, 2025 | 08:04

“Pois é, como fica agora 17 pessoa ,que tem Mãe,tem Pai filhos ,esposas ,nao teria forma mais inteligente de resolver isso,”

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