05 de novembro, de 2021 | 08:49
Fiocruz alerta que não é hora para retomada irrestrita de eventos com aglomeração de pessoas
Arquivo DA
Estudo aponta que países onde houve retomada irrestrita de eventos com cobertura vacinal incompleta hoje enfrentam problemas graves com surtos de covid-19
Estudo aponta que países onde houve retomada irrestrita de eventos com cobertura vacinal incompleta hoje enfrentam problemas graves com surtos de covid-19
Um alerta para quem já está na balada, como se não existe mais a epidemia de covid-19. A retomada ilimitada de eventos sociais com aglomeração levando em conta apenas o percentual de adultos totalmente vacinados não é recomendada. É o que informa o novo boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quinta-feira (4).
O documento alerta que é preciso cautela, sendo fundamental que se alcance 80% da cobertura vacinal em toda a população, inclusive crianças e adolescentes. Além da vacinação dos adultos ainda estar 20 pontos percentuais abaixo do mínimo recomendado, ainda há uma parcela considerável da população que precisa tomar a segunda dose de algum dos imunizantes.
Vale lembrar que a população de adolescentes, pelo tipo de comportamento social que tem, é um dos grupos com maior intensidade de circulação nas ruas e convive com outros grupos etários e sociais mais vulneráveis”, dizem os pesquisadores. Por isso, é equivocado pensar que somente com a população adulta coberta adequadamente a retomada irrestrita dos hábitos que aglomeram pessoas é possível”, completam.
O boletim relata que a cobertura vacinal vem aumentando e recentemente alcançou 55% da população total, dado ainda distante do ideal. Há também uma quantidade expressiva de pessoas que precisam tomar a segunda dose do imunizante. A recomendação é de que, enquanto caminhamos para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos sejam mantidas e que a realização de atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação”, ressaltam os cientistas.
Já publicado:
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Países que flexibilizaram precocemente as medidas sanitárias sofrem com novas ondas de covid-19
Conforme o estudo, países do Leste Europeu e os Estados Unidos, por exemplo, têm apresentado surtos de covid-19 pela baixa cobertura vacinal e flexibilização precoce das medidas protetivas.
Já no Brasil, o cenário é de queda em mortes e novos casos, embora nesta semana o país tenha apresentado aumento da taxa de transmissão do vírus Sars-CoV-2: está 1,04 conforme dados do Imperial College London.
O boletim informa que, ao longo da Semana Epidemiológica (SE) 43, dos dias 24 a 30 de outubro, foram notificados 11.500 casos e 320 óbitos diários, em média no país. Esses números representam uma redução de 0,7% ao dia nos registros de casos e uma menor velocidade de diminuição do número de óbitos no país, que agora atinge 0,4% depois de 14 semanas de redução acelerada e sustentada com velocidade de 1 a 2 %. Quanto à ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), os índices se mantêm abaixo de 50% na maior parte do Brasil. O único estado na zona de alerta intermediário é o Espírito Santo, com 67%.
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Eduardo Oliveira da Silva
06 de novembro, 2021 | 07:28Isso tudo de liberação de festas, bares, 100% de torcida nos estádios, tudo isso é uma trama diabólica para que se tenha carnaval no Brasil inteiro em 2022, e com isso tenhamos uma nova onda de COVID-19, onde estão todos os artistas, jornalistas, intelectuais e todos os demais pseudos especialistas em COVID, para fazerem campanha contra o carnaval.
E no final essas pessoas que tanto criticam o governo por abstinência da lei Rouanet, vão dizer que o governo e homicida, mas eles são os verdadeiros homicidas.”
Ferreira
05 de novembro, 2021 | 08:57Isso aí todo mundo já sabe, estão liberando festas, escolas lotadas de crianças que ainda não se vacinaram, shows, e o tão necessário carnaval, que foi o que abriu as portas do Brasil pra covid em 2020, depois não adianta reclamar, culpar os políticos, a falta de bom senso é o que mais tem por aqui”