05 de novembro, de 2024 | 22:43

Acusados de envolvimento em homicídio no Imbaúbas em Ipatinga são absolvidos

Alex Ferreira
Sessão do Juri foi encerrada por volta das 20h30 desta terça-feira Sessão do Juri foi encerrada por volta das 20h30 desta terça-feira

Levados a julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga nesta terça-feira (5), foram absolvidos os réus N.M.C.N., de 21 anos e L.H.S., de 18. Eles sentaram-se no banco dos réus para responder pela acusação de envolvimento no brutal assassinato de Carolina de Paiva Taveira, de 32 anos, ocorrido na madrugada de 11 de abril de 2023, no alojamento desativado da Usiminas, localizado na rua Cristóvão Jaques, bairro Imbaúbas (perto da divisa com o Bom Retiro), em Ipatinga, conforme noticiado pelo Diário do Aço na época.

O Conselho de Sentença acatou os argumentos da defesa e absolveu ambos os réus da acusação, em um julgamento encerrado por volta de 20h30, logo depois da leitura da decisão pelo juiz Felipe Ceolin Lírio, que presidiu a sessão. O réu de 18 anos respondeu o processo em liberdade. O outro, de 21 anos, estava recolhido ao sistema prisional desde 2023 e receberá o alvará de soltura nesta quarta-feira.

O representante do Ministério Público no julgamento, informou ao Diário do Aço que recorreu, ainda em plenário da decisão do Júri Popular, por entender que a decisão é contrária às provas que constam no processo.

O advogado Ignácio Luiz Gomes de Barros Júnior atuou na defesa do réu de 18 anos e, em entrevista ao jornal explicou os principais pontos da defesa: “O Lucas, desde o início, negou os fatos. Ele respondeu o processo solto e o ponto que definiu no meu entendimento a absolvição dele foi a questão do álibi apresentado. Ele estava no trabalho, o que foi confirmado pelo patrão dele. Também foi confirmado que o possível sangue encontrado na camisa dele a perícia da polícia civil deu inconclusiva, não ficou provado que era da vítima”, enfatizou o advogado.

O réu de 21 anos foi defendido pelo advogado Samuel Almeida Keller. No entendimento do advogado, faltaram elementos substanciais para determinar a autoria do seu cliente, Newton. “A polícia fez uma investigação cujo resultado não foi suficiente para demonstrar autoria. Com isso, o Ministério Público não trouxe provas de quem estava lá no local do homicídio e foi em cima dessa dúvida e da certeza que o nosso cliente não participou do fato, é que nós trabalhamos em plenário e graças a Deus os jurados acolheram a tese”, explicou.
Alex Ferreira
Depois de quase 12 horas de embates entre acusação e defesa, depoimento de adolescente assumindo o crime foi determinante para a absolvição dos réus Depois de quase 12 horas de embates entre acusação e defesa, depoimento de adolescente assumindo o crime foi determinante para a absolvição dos réus

O que foi denunciado
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais à Justiça Criminal, quatro indivíduos são citados como envolvidos no homicídio, um de 21 anos, dois de 18 e um adolescente de 17 anos. Consta que a vítima foi assassinada com diversos golpes de faca.

Destes quatro, dois foram levados a julgamento e absolvidos. Um terceiro denunciado, também de 18 anos, foi morto a tiros ao tentar invadir a casa de um policial civil aposentado, na cidade de Maricá, no estado do Rio de Janeiro.

Adolescente reafirmou em plenário a autoria do crime

O quarto envolvido, o adolescente de 17 anos está livre. Ele compareceu em plenário na sessão do Júri Popular nesta terça-feira e reafirmou o que já havia declarado: Matou Carolina de Paiva Taveira, a facadas, por entender que ela o havia denunciado à Polícia Militar, por envolvimento com o tráfico de drogas. Em função desta denúncia, no dia 9 de abril de 2023, militares deram uma batida em sua residência e o apreenderam e prenderam sua mãe, por posse de drogas e armas.

No depoimento, relatou com detalhes como foi o crime e afirmou que os réus, Lucas e Newton não tinham participação no assassinato de Carolina, crime ocorrido no alojamento abandonado no bairro Imbaúbas.
Reprodução
Naiele Cristine, 24 anos, foi assassinada pelo namorado na frente da filha, de quatro anosNaiele Cristine, 24 anos, foi assassinada pelo namorado na frente da filha, de quatro anos

Homem que confessou assassinato da namorada no Cidade Nova vai a Júri Popular nesta quarta-feira



Está agendada, para as 9h desta quarta-feira (6), a Sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga para o julgamento de Arnaldo Nunes Gomes, de 27 anos. Ele responde, preso, pela acusação de matar a namorada, Naiele Cristine Rodrigues de Assis, de 24 anos, na frente da filha dela, uma menina de quatro anos, conforme noticiado pelo Diário do Aço. Preso momentos depois do fato, Arnaldo confessou o crime e alegou que foi motivado por uma suposta traição.

Consta na denúncia apresentada pelo representante do Ministério Público que o assassinato foi praticado na tarde de 7 de abril de 2023, uma sexta-feira, na rua Cinquenta e Quatro, bairro Cidade Nova, em
Santana do Paraíso, quando Arnaldo utilizou como instrumentos para cometer o crime um botijão de gás, pedra de granito de mesa e uma faca.

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Comentários

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Estudante

06 de novembro, 2024 | 06:32

“Ver o indivíduo que era "menor de idade" na época do crime confessar tudo na frente dos representantes do Judiciário, do Ministério Público, da Políica e do público e sair rindo do Tribunal do Júri é uma cena inimaginavel. Ou mudam-se nossas leis, ou continuaremos assistindo a aberrações como estas.”

B2@

06 de novembro, 2024 | 01:43

“Daqui a pouco, vão alegar que o menor, que confessou o crime bárbaro, é inocente.”

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